Provas do Alcorão
1. Deus, o Altíssimo, diz: Muhammad
não é o pai de nenhum de vossos homens, mas sim o
Mensageiro de Deus e o selo dos Profetas; e Deus é
Onisciente. [Alcorão 33:40]
2. Jesus se alegrou com o advento
do Profeta Muhammad no Evangelho. Deus, o Altíssimo
diz: E quando Jesus, filho de Maria, disse: Oh, filhos
de Israel! Eu sou o Mensageiro de Deus, enviado a
vós para corroborar a Tora e anunciar um Mensageiro
que virá depois de mim, chamado Ahmad [Este era um
dos nomes do Profeta Muhammad]. Mas quando lhes apresentou
as evidências, disseram : Isto é pura magia! [Alcorão
61:6]
Provas da Sunnah(Sunnah: toda narração
de palavra, ação, características ou aprovações tácitas
do Profeta):
O Profeta disse: Meu exemplo e
o dos Profetas anteriores, para mim, são como um homem
que construiu uma casa, com grande perfeição, exceto
pelo espaço de um tijolo; as pessoas a rodeariam e
a olhariam com respeito por sua perfeição e diriam:
Se não fosse por este espaço! O Profeta disse: Eu
sou esse tijolo, eu sou o último dos Profetas. (Bujari,
3342)
Escrituras sagradas prévias:
Ataa’ b. Yasaar disse: Conheci
Abdullah b. Amr b. al-Aas e perguntei-lhe: Conta-me
sobre a descrição do Mensageiro de Deus na Tora. Ele
disse: Ele é descrito na Tora como é descrito no Alcorão:
Enviamos a ti como testemunha (para toda a humanidade)
para alegrar, para advertir, para proteger e resguardar
os humildes. Tu és Meu servo e mensageiro, te chamo
Mutawakki (O leal). Não tens maus modos, não és rude
nem levantas a voz. Não pagas o mal com o mal; em
troca, perdoas e desculpas. Não tomarei tua alma até
que guies as Nações, até que digam: Não há outro verdadeiro
deus merecedor de adoração exceto Deus até que eles
vejam claramente a verdade. Ata disse: Conheci Kab,
o Rabino, e perguntei-lhe sobre sua narração, e ele
não contradisse Abdullah b. Amr b. Al-Aas, exceto
por uma pequena diferença de palavras. (Baihaqi, 13079)
Abdul-Ahad Dawud38 38 Rev. David
Benjamín Keldani, B.D. sacerdote católico romano da
seita de Uniate-Chaldean. Nasceu em 1867 em Urmia,
Pérsia disse: Tratei de fundamentar meus argumentos
em citações da Bíblia, que escassamente permite discussões
lingüísticas. Não o farei em Latim, Grego ou Aramaico,
porque não teria sentido: só farei a seguinte anotação,
com as palavras da Versão Corrigida publicada pela
Sociedade Bíblica britânica. Podemos ler as seguintes
palavras no Livro do Deuteronômio 18:18: Eu farei
que se levante do meio de seus irmãos um profeta,
o mesmo que fiz contigo. Eu porei minhas palavras
em sua boca e ele lhes dirá tudo o que eu mande. Se
estas palavras não se aplicam ao Profeta Muhammad,
ainda permanecem não cumpridas. O próprio profeta
Jesus nunca afirmou ser o Profeta a que se aludia.
Até seus discípulos pensavam o mesmo: esperaram a
segunda aparição de Jesus para o cumprimento da Profecia.
Até agora é evidente que a primeira aparição de Jesus
não foi o advento do Profeta, e sua segunda chegada
pode dificilmente cumprir essas palavras. Jesus, como
se crê na Igreja, aparecerá como um juiz e não como
um legislador; mas o prometido virá com uma lei de
fogo em sua mão direita. Comprovando a personalidade
do Profeta prometido, a outra profecia de Moisés é,
no entanto, de muita ajuda porque fala de iluminada
marcha desde Parán, a montanha de Meca. As palavras
no Livro de Deuteronômio, capítulo 13:2, diz o seguinte:
O Senhor saiu do Sinai; para eles, levantou-se sobre
o horizonte de Seir; resplandeceu desde o monte Parán;
para eles chegou a Meriba de Cadés acompanhado de
seus santos. Com estas palavras o Senhor foi comparado
com o sol. Ele vem do Sinai, ilumina-os desde Seir,
mas resplandece cheio de glória desde Parán, onde
aparece com dez mil santos com uma lei de fogo em
sua mão direita.
Nenhum dos israelitas, incluindo-se
Jesus, tem alguma relação com Parán. Hagar, com seu
filho Ismael, perambularam pelo deserto de Beersheba;
mais tarde morou no deserto de Parán. (Gen. XXI.21).
Casou-se com uma mulher egípcia, e através do nascimento
de seu primeiro filho, deu descendência aos árabes
que desde então são os moradores do deserto de Parán.
Se o Profeta Muhammad tem ascendência de Ismael a
Cedar, aparece como o Profeta do deserto de Parán,
entra em Meca com dez mil santos e dá ao povo uma
lei de fogo, não está cumprida na totalidade a profecia
mencionada anteriormente?
As palavras da profecia em Habakkuk
são dignas de atenção. Sua (o santo de Parán) glória
cobriu os céus e a terra se encheu de louvores. A
palavra louvor tem um significado importante, porque
o nome Muhammad significa o louvado. Além dos árabes,
aos habitantes do deserto de Parán também lhes foi
prometido uma Revelação: permitam que os desertos
e as cidades levantem sua voz; os povos que Cedar
habitou: permitam que os habitantes das pedras cantem,
permitam lhes gritar de cima das montanhas. Permitam-lhes
brindar glória ao Senhor, e clamem seus louvores nas
ilhas. O Senhor resplandecerá como um homem poderoso,
removerá os ciúmes como um homem de guerra, chorará,
gritará, rugirá, ele triunfará sobre seus inimigos
(Isaías).
Há outras duas profecias em conexão
com esta, onde se menciona Cedar. Uma se apresenta
desta maneira no capítulo IX de Isaías: Levanta-te
e brilha , que chegou tua luz e a Glória de Jeová
amanheceu sobre ti. Enquanto as trevas cobriam a terra
e os povos estavam na noite, sobre ti se levantou
Jeová, e sobre ti apareceu sua Glória. Os povos se
dirigem à tua luz e os reis, ao resplendor da tua
aurora. Levanta os olhos ao teu redor e contempla:
todos se reúnem e te vêem; teus filhos chegam de longe
e tuas filhas são trazidas ao colo. Tu então, ao vê-lo,
ficarás radiante, palpitará teu coração muito emocionado;
hão-de trazer-te tesouros do outro lado do mar e chegarão
a ti as riquezas das nações. Inundar-te-á uma multidão
de camelos: chegarão os de Madián e Efá. Os de Sabá
virão todos trazendo ouro e incenso, e proclamando
os louvores de Jeová. Todos os rebanhos de Cedar se
reunirão junto a ti, e os carneiros de Nebayot serão
teus para serem oferecidos em meu altar, pois quero
dar esplendor ao templo de minha Glória (1- 7). A
outra profecia está também em Isaías, Profecia sobre
Edom: Alguém me grita desde Seír: «Sentinela, que
hora é da noite? «Sentinela, que hora é da noite?
O sentinela responde: «Chega a manhã, mas também a
noite; se vocês querem perguntar, perguntem, mas voltem
outra vez.» Profecia sobre a Arábia: Entre as matas
da estepe passam a noite as caravanas dos dedanitas.
Saiam ao encontro do sedento, habitantes do país de
Tema, levando-lhe água; acolham o fugitivo e dêem-lhe
pão. Pois eles vêm fugindo das espadas, das espadas
afiadas, do arco pronto para disparar, da violência
da guerra. Sim, assim me disse o Senhor: «Dentro de
um ano, o mesmo que dura o contrato de um soldado,
toda a riqueza de Quedar terá terminado e não sobrará
quase nada dos arqueiros valentes de Quedar, - isto
é palavra de Jeová, o Deus de Israel.; se podem entender
estas profecias em Isaías à luz de uma mencionada
no Deuteronômio, que fala da iluminada marcha de Deus
desde Parán. Se Ismael habitou o deserto de Parán,
onde deu vida a Cedar, quem é o antecessor dos árabes;
e se os filhos de Cedar receberam revelações do Senhor,
se os carneiros de Cedar foram oferecidos com agrado
sobre o Divino altar para glorificar A casa de minha
gloria onde a escuridão cobriu a terra por alguns
séculos, para que logo essa terra recebesse luz Divina;
e se por glória de Cedar a quantidade de arqueiros
e os poderosos filhos de Cedar, diminuíssem um ano
depois de fugir das espadas e da inclinação dos arcos
O Bendito de Parán (Habakkuk III 3) não é outro mais
que o profeta Muhammad. O profeta Muhammad é a Bendita
prole de Ismael através de Cedar, que se instalou
no deserto de Parán.
Muhammad é o único Profeta do qual
os árabes receberam revelações nos tempos em que a
escuridão havia coberto a terra.
Através dele Deus resplandeceu
desde Parán, e Meca é o único lugar de onde A Casa
de Deus é glorificada e os carneiros de Cedar foram
oferecidos com agrado sobre o altar. O Profeta Muhammad
foi perseguido por sua gente e teve que deixar Meca.
Ele estava sedento e fugiu das espadas e dos arcos;
e depois de um ano de sua fuga, os descendentes de
Cedar o encontraram em Badr, o lugar da primeira batalha
dos Mecanos e o Profeta, os filhos de Cedar, e sua
quantidade de arqueiros diminuíram e toda a glória
de Cedar se consumou. Se o Profeta não é aceite como
o cumprimento de todas essas profecias, estas não
foram cumpridas. A casa de minha glória a que se refere
Isaías 1X , é a casa de Deus em Meca e não a Igreja
de Cristo como clamam os Cristãos. Os carneiros de
Cedar, como se menciona no verso 7, nunca chegaram
à Igreja de Cristo, e é um fato que os povoados de
Cedar e seus habitantes são os únicos no mundo que
permaneceram impenetráveis à Igreja de Cristo.
Outra vez, a menção dos dez mil
santos em Deuteronômio 30:3 tem muito significado.
Ele (Deus) resplandeceu desde Parán, e chegou com
dez mil santos. Lendo a história completa do deserto
de Parán não se encontra outro evento além daquele
em que Meca foi conquistada pelo Profeta. Ele chegou
com dez mil seguidores de Medina e entrou em A casa
de minha glória. Entregou a lei de fogo ao mundo,
que reduziu a cinzas todas as demais leis. O Confortador
O Espírito da Verdade - de que falou o Profeta Jesus
não foi outro mais que o Profeta Muhammad. Não pode
ser tomado como o Espírito Santo como diz a Igreja.
É necessário para vocês, que eu desapareça, diz Jesus,
já que se eu não me for o Confortador não virá. As
palavras mostram claramente que o Confortador virá
depois da partida de Jesus, e não estava com ele quando
pronunciou estas palavras.
Podemos supor que Jesus estava
desprovido do Espírito Santo se sua chegada dependia
da partida de Jesus: além disso a forma como Jesus
o descreve faz com que ele pareça um homem e não um
espírito. Ele não falará por si mesmo, falará por
inspiração. Temos que supor que o Espírito Santo e
Deus são duas entidades diferentes, que o Espírito
Santo fala por si e também o que escuta de Deus? As
palavras de Jesus se referem claramente a um Mensageiro
de Deus. Chama-o O Espírito da Verdade, e então o
Alcorão fala do Profeta Muhammad: Por certo que ele
se apresentou com a Verdade, e corroborou a Mensagem
dos Profetas que o precederam. Alcorão 37:37 39 39
Muhammad na Biblia, Abdul-Ahad Dawud.
No Novo Testamento:
Há várias passagens no Novo Testamento
que claramente anunciam a vinda de Muhammad pela contradição
de sua natureza e suas ações.
João , o Batista: Este foi o testemunho de João, quando
os judeus enviaram sacerdotes e levitas de Jerusalém
para perguntar-lhe: Quem és tu? João declarou e não
ocultou a verdade: Eu não sou o Messias. Perguntaram-lhe:
Então, quem és ? Elias? Respondeu: Não sou. Disseram-lhe
: És o Profeta? Respondeu: Não. Então lhe disseram?
Quem és, então? Pois temos que levar uma resposta
aos que nos enviaram. Que dizes de ti mesmo? João
respondeu: Eu sou, como disse o profeta Isaías, a
voz que grita no deserto: Tomem o caminho do Senhor.Os
enviados eram do grupo dos fariseus, e lhe fizeram
outra pergunta: Por que batizas então, se não és o
Messias, nem Elias, nem o Profeta? (João 1:20-25)
Esse Profeta não era Jesus, mas
sim Muhammad, porque João Batista continuou pregando,
batizando e anunciando a vinda desse Profeta durante
a vida de Jesus. Jesus: O Profeta Jesus predisse a
vinda de outro Profeta cujo nome seria ’Periqlytos’,
ou ’Paráclito’, ou ’Paracalon’. Diz: e eu rogarei
ao Pai e lhes darei outro Protetor (Paráclito) que
permanecerá sempre com
vocês. (João XIV, 16)
A palavra Paráclito significa ’ilustre,
renomado e louvado’ e isto é exatamente o que significa
o nome ’Ahmad’. No Sagrado Alcorão são mencionadas
as Profecias feitas por Jesus sobre o advento de um
profeta chamado ’Ahmad’. Deus, o Altíssimo, diz: E
quando Jesus, filho de Maria, disse: Oh, filhos de
Israel! Eu sou o Mensageiro de Deus, enviado a vós
para corroborar
a Tora e anunciar um Mensageiro que virá depois de
mim, chamado Ahmad [Este era um dos nomes do Profeta
Muhammad].[Alcorão 61:6]
Provas intelectuais que
confirmam o Profeta
1. O Profeta era iletrado. Não
sabia ler nem escrever. Viveu entre pessoas iletradas
como ele. Portanto não se pode afirmar que Muhammad
foi o autor do Alcorão. Deus, o Altíssimo, diz:
E tu não sabias ler nenhum tipo de escritura antes
que te fora revelado [o Alcorão] nem tampouco transcrevê-la
com tua direita; porque se assim fosse, poderiam ter
semeado dúvidas [sobre ti] os que inventam mentiras.
[29:48]
2. Os árabes foram desafiados a
escrever algo similar ao Alcorão, e não o puderam
fazer! A formosura de sua estrutura e o profundo significado
do Alcorão assombravam aos árabes. O Alcorão é o eterno
milagre de Muhammad. O Mensageiro de Deus disse: Os
milagres dos Profetas (antes de mim) estavam restritos
a suas épocas. O milagre que me foi dado é o Alcorão
que é eterno, e por ele espero ter muitos seguidores.
(Bujari 4598) Ainda que sua gente tenha sido eloqüente
e conhecida por sua imponente poesia, Deus os desafiou
a produzir algo similar ao Alcorão, mas não o conseguiram.
Deus diz:
Se duvidardes do que revelamos ao Nosso servo [Muhammad]
trazei um capítulo similar, e recorrei a ele, a quem
pedis socorro em lugar de Deus, se é que dizeis a
verdade. [2:23] Deus desafia os homens a produzir
algo similar ao Alcorão. Deus diz: Diga-lhes: Se os
homens e os gênios se unissem para fazer um Alcorão
similar, não lograriam, ainda que se ajudassem mutuamente.
[17:88]
3. O Profeta continuou rezando
e convocando as pessoas ao Islam, embora tenha passado
por muitas dificuldades e tenha sido contestado por
sua gente, que planejou inclusive assassiná-lo. Ainda
assim o Profeta continuou pregando e foi paciente.
Se fosse um impostor teria parado de pregar e teria
temido por sua vida.
W. Montgomery Watt disse: Sua disposição para sofrer
perseguições por suas crenças, a alta moral dos homens
que creram nele e o respeitaram como líder, e a grandeza
do seu último resultado tudo sustenta sua integridade
fundamental. Supor que Muhammad foi um impostor traz
mais problemas do que os resolve. Além disso, nenhuma
das figuras da história é tão pobremente apreciada
no Ocidente como Muhammad... Portanto, não só devemos
dar crédito a Muhammad por sua honestidade essencial
e propósitos íntegros. Se é que o vamos a entender,
se queremos corrigir os erros que herdamos do passado,
não devemos esquecer que uma prova conclusiva é um
requerimento mais estrito que uma demonstração de
plausibilidade e, em um caso como este, só se consegue
com dificuldade.
4. Todas as pessoas gostam dos
ornamentos e belezas, e poderiam ser influenciados
por eles . Deus, o Altíssimo, diz: Foi arraigada no
coração dos homens a inclinação pelos prazeres: as
mulheres, os filhos, o acúmulo de riquezas em ouro
e prata, os cavalos de raça, os rebanhos e os campos
agrícolas. Esse é o gozo da vida mundana, mas Deus
lhes tem reservado algo mais belo. [3:14] O homem,
por natureza, se entusiasma por adquirir ornamentos
e belezas deste mundo. As pessoas diferem no método
que usam para adquirir essas coisas. Alguns usam como
recurso para obtê-las, meios legais, enquanto que
outros utilizam meios ilegais.
Quraish tratou de persuadir o Profeta
para que deixasse de invocar as pessoas ao Islam.
Ofereceram-lhe transformá-lo no Senhor de Quraish,
casá-lo com a moça mais bela e fazer dele o homem
mais rico. Ele respondeu a estas ofertas tentadoras,
dizendo: Por Deus, se colocassem o sol na minha mão
direita e a lua na minha mão esquerda, para que me
afastasse deste assunto, não o faria, até que Deus
o fizesse triunfar (ao Islã) ou morresse convidando
as pessoas. (Ibn Hisham)
Se o Profeta fosse um impostor,
teria aceite esta oferta sem pensar.Thomas Carlyle,
disse: Chamam-no Profeta, me disseste? Arre! Colocou-se
cara a cara com eles, aqui, sem consagrar nenhum mistério,
cobrindo-se com seu manto, remendando seus próprios
sapatos, lutando, aconselhando ordem em seu meio.
Devem ter visto a classe de homem que ele era, deixem
que o chamem como goste. Nenhum imperador, com suas
tiaras, foi obedecido como este homem com um manto.
Durante vinte e três anos de processo duro e real,
vejo nele a autenticidade de um herói.40 40 ’Heroes,
Hero-Worship and the Heroic in History’
5. Sabe-se que o domínio e a riqueza
de um reino estão sujeitos à vontade do rei. Tratando-se
de Muhammad ele sabia que esta vida era uma etapa
transitória. Ibrahim b. Alqamah narrou que Abdullah
disse: O Profeta se recostou sobre um tapete de palha,
que deixou suas costas marcadas, então disse: Mensageiro
de Deus! Daria minha mãe e meu pai como resgate, por
ti! Permite-nos pôr uma cama sobre o tapete em que
deitas, para que tuas costas não fiquem marcadas.
O Profeta disse: Meu exemplo nesta vida é como um
ginete que descansa à sombra de uma árvore e logo
continua sua viagem. (Ibn Mayah, 4109) An-Nu’man b.
Bashir disse: Vi teu Profeta (durante um tempo) quando
não podia nem sequer encontrar tâmaras boas para encher
seu estômago. (Muslim, 2977) Abu Hurairah disse: O
Mensageiro de Deus nunca teve a oportunidade de alimentar-
se durante três dias seguidos até à sua morte. (Bujari,
5059)
Ainda que a Península Árabe estivesse
sob seu domínio, e ele era a fonte de bondade para
sua gente, o Profeta, algumas vezes, não encontrava
comida para satisfazer suas próprias necessidades.
Sua esposa, Aishah, narrou que ele uma vez comprou
um pouco de comida de um Judeu (e combinou de pagar-lhe
logo) e entregou-lhe sua armadura como garantia. (Bujari,
2088)
Isto não significa que ele não
pudesse obter o que queria, já que lhe ofereciam dinheiro
e riqueza em sua Mesquita, e ele não saía do lugar,
até distribuir tudo entre os pobres e os necessitados.
Entre seus Companheiros havia ricos e endinheirados
apressavam-se a servi-lo e lhe ofereciam as coisas
mais valiosas. A razão pela qual o Profeta renunciou
às riquezas do mundo, foi porque sabia a realidade
da vida. Ele disse: A comparação desta vida com a
do além, é como uma pessoa que submerge seu dedo no
oceano; quanto pode tirar dele? (Muslim, 2858)
O Reverendo Bosworth Smith disse:
Se alguma vez um homem governou por um direito divino,
esse foi Muhammad, já que ele teve todos seus poderes
sem o apoio do seu povo. Não se preocupou pelas vestes
do poder. A simplicidade de sua vida privada coincidia
com sua vida social.41 41 Muhammad and Muhammadanism.
6. Ao Profeta de Deus sucederam
certos incidentes que necessitaram ser esclarecidos,
e ele não teve a oportunidade de fazer algo porque
não recebeu nenhuma revelação esclarecedora. Durante
este período (entre o incidente e a revelação) encontrava-se
exausto. Um destes incidentes é o Ifk’ 42 em que sua
esposa Aishah foi acusada de ser infiel. O Profeta
não recebeu nenhuma revelação sobre este incidente
por um mês; enquanto isso seus inimigos falaram mal
dele, até que recebeu a revelação e ficou evidente
a inocência de Aishah. Se o Profeta fosse um impostor
teria resolvido este incidente no instante em que
surgiu. Mas Deus diz: Não fale de acordo com suas
paixões. [53:3] 42 i.e. O incidente em que os hipócritas
acusaram Aishah falsamente, que Deus tenha compaixão
dela, de haver sido infiel.
7. O Profeta não pedia às pessoas
que o bajulassem. Pelo contrário, o Profeta se desgostava
quando uma pessoa o adulava de qualquer forma. Anas
disse: Não havia um indivíduo mais amado por seus
Companheiros que o Mensageiro de Deus. Ele disse:
Se o viam, não se levantavam por ele, já que sabiam
que isso o desgostava. (Tirmizi, 2754)
Washington Irving disse: Seus triunfos militares não
despertaram nele, nem orgulho nem vaidade, do mesmo
modo que teria sido afetado por propósitos egoístas.
No tempo de maior poder ele manteve a mesma simplicidade
nos costumes e aparência que em seus dias de adversidade.
Muito longe de viver de forma majestosa, incomodava
se, ao entrar em um cômodo, era tratado com alguma
forma de respeito.
8. Alguns dos versículos do Alcorão
foram revelados para admoestar o Profeta sobre a causa
de certos incidentes, tal como: As palavras de Deus,
o Altíssimo: Oh, Profeta! Por que proíbes o que Deus
fez lícito, pretendendo com isso agradar às tuas esposas?
E [sabe que apesar disso] Deus é Condescendente, Misericordioso
[66:1] O Profeta se absteve de comer mel, por causa
do comportamento de algumas de suas esposas. Deus,
então o advertiu já que ele se proibiu a si mesmo
o que Deus considera lícito.
a. Deus, o Altíssimo, diz: Deus
te desculpou [Oh, Muhammad!] por haver-lhes eximido
sem antes comprovar quem era verdadeiro e quem era
mentiroso. [9:43] Deus admoestou o Profeta porque
aceitou rapidamente as falsas desculpas dos hipócritas
que se ausentaram na Batalha de Tabuk. Perdoou-os
e aceitou seus pretextos, sem verificá-los. Deus,
o Altíssimo, diz: Não é permitido ao Profeta [nem
aos crentes] tomar como prisioneiros de guerra aos
incrédulos antes de tê-los combatido e dizimado na
Terra. Pretendeis assim [cobrando seu resgate] obter
um benefício mundano, mas saiba que Deus quer para
vós a recompensa da outra vida. Certamente Deus é
Poderoso, Sábio. [8:67]
b. Deus, o Altíssimo, diz: Não
é assunto teu se [Oh Muhammad, somente de Deus] Ele
os absolve ou os castiga, porque foram iníquos. [3:128]
c. Deus, o Altíssimo, diz: [Oh,
Muhammad!] Franziste o cenho e viraste as costas ao
cego quando se apresentou a ti. E talvez pretendesse
instruír-se para assim purificar sua conduta e moral,
ou beneficiar se, refletindo sobre tuas palavras.
[80:1-4] Abdullah b. Umm Maktum, que era cego, veio
ao Profeta quando estava pregando a alguns dos líderes
Quraish, e o Profeta franziu o cenho e continuou seu
sermão e Deus o admoestou por isso. Se o Profeta fosse
um impostor, este versículo não se encontraria no
Alcorão.
Muhammad Marmaduke Pickthall disse: Um dia, quando
o Profeta estava conversando com um dos grandes homens
de Quraish, tratando de persuadi-lo da verdade do
Islã, um homem cego lhe fez uma pergunta sobre a fé.
O Profeta se irritou pela interrupção, franziu o cenho
e se afastou do cego. Neste versículo se diz que a
importância de um homem não deve ser julgada por sua
aparência ou condição.43 43 O Glorioso Alcorão, tradução
de Pickthall pág. 685
9. Um dos sinais de sua profecia se encontra no capítulo
111 do Alcorão. Nele, Deus, o Altíssimo, condena Abu
Lahab (tio do Profeta) ao tormento do inferno. Este
capítulo foi revelado durante as primeiras etapas
de seu chamado ao Islam. Se o Profeta fosse um impostor
não imporia uma regra como esta, já que seu tio poderia
ter aceitado o Islã mais tarde! Dr. Gary Miller diz:
Por exemplo, o Profeta tinha um tio com o nome Abu
Lahab. Este homem odiava tanto o Islã que costumava
seguir o Profeta só para desacreditá-lo. Se Abu Lahab
via o Profeta falando com um estranho, esperava que
se fosse para ir encontrá-lo e perguntar-lhe: Que
te disse? Disse-te negro? Bem, é branco. Disse dia?
Bem, é noite. Ele dizia exatamente o contrário do
que Muhammad comunicava. Entretanto, aproximadamente
dez anos antes que Abu Lahab morresse foi revelado
um pequeno capítulo do Alcorão. Este expressava, distintivamente,
que ele iria ao Fogo do Inferno. Em outras palavras,
afirmava que nunca se converteria em Muçulmano e por
essa razão seria condenado para sempre. Por dez anos
tudo o que Abu Lahab fez foi dizer, Diz-se que uma
revelação mostrou a Muhammad que eu nunca mudarei,
que nunca me converterei em Muçulmano e entrarei no
Fogo do Inferno.
Bem, agora quero converter-me em Muçulmano. Agrada-lhes
isto? Que pensam de sua divina revelação agora? Mas
nunca o fez. E apesar de tudo, este é o tipo de comportamento
que se poderia esperar dele já que a única coisa que
fez foi contradizer o Islã. Em essência, Muhammad
disse Odeias-me e queres terminar comigo? Aqui, diga
estas palavras e terás terminado comigo. Vamos diga-as!
Mas Abu Lahab nunca as disse. Dez anos! E em todo
esse tempo nunca aceitou o Islã nem apoiou sua causa.
Como Muhammad podia saber com segurança que Abu Lahab
cumpriria a revelação do Alcorão se ele não fosse
o verdadeiro Mensageiro de Deus? Como é possível que
estivesse tão seguro para deixar que alguém o desacredite
por dez anos? A única resposta é que ele era o Mensageiro
de Deus, já que por ter-se exposto a um desafio tão
arriscado, deve-se entender que teve que ser a causa
de uma revelação divina.44 44 O Sagrado Alcorão.
10. O Profeta é chamado: ’Ahmad’
em um versículo do Alcorão, em lugar de Muhammad.
Deus, o Altíssimo, diz:
E quando Jesus, filho de Maria, disse: Oh, Filhos
de Israel! Eu sou o Mensageiro de Deus, enviado a
vós para corroborar a Tora e anunciar um Mensageiro
que virá depois de mim chamado Ahmad. Mas quando lhes
apresentou as evidências, disseram: Isto é pura magia!
[61:6] Se ele fosse um impostor, o nome ’Ahmad’ não
seria mencionado no Alcorão.
11. A religião do Islã ainda existe
e segue expandindo-se por todo o mundo. Milhares de
pessoas abraçam o Islã e o preferem às outras religiões.
Isto acontece ainda que os seguidores do Islam não
estejam respaldados financeiramente como se espera;
e apesar dos esforços de seus inimigos para interromper
a expansão do Islã. Deus, o Altíssimo, diz: Certamente
Nós revelamos o Alcorão e somos Nós os seus anjos
guardadores. [15:9]
Thomas Carlyle disse: Um impostor fundou uma religião?
Como, um homem impostor não pode construir uma casa
de tijolos! Se realmente não conhece e segue as características
do pilão, a terra cozida e tudo no que trabalha, não
seria uma casa o que se constrói, mas uma pilha de
sobras! Não estaria de pé por doze séculos, para alojar
mil oitocentos milhões de pessoas; seria derrubada
de imediato. Um homem deve se conformar com as leis
da natureza, viver em comunhão com a natureza e a
verdade das coisas, ou a Natureza irá reclamar. Não,
para nada! Os erros são enganosos; um Cagliostro,
muitos Cagliostros, proeminentes líderes mundiais,
progridem pela falta de clero e ritos, por um dia.
É como uma nota de banco falsificada; passam por suas
mãos sem valor: outros, não eles, o têm que fazer
com rapidez. A natureza explode em chamas de fogo;
Revoluções francesas e semelhantes, proclamando com
terrível veracidade que as notas falsificadas, são
falsificadas. Mas por um grande homem, especialmente
por ele, me arriscarei a afirmar que é incrível que
seja outro, que não seja autêntico. Parece que esse
é o seu primeiro alicerce, e tudo o que nele jaz45.
45 Heroes, Hero-Worship and the Heroic in History’
O Profeta conservou o Alcorão,
depois que Deus conservou seu conteúdo, na memória
de geração após geração. Com efeito, memorizá-lo e
recitá-lo, aprendê-lo e ensiná-lo, são as coisas que
os muçulmanos desfrutam fazer, já que o Profeta disse:
O melhor de vocês é quem aprende o Alcorão e logo
o ensina. (Bujari, 4639)
Muitos trataram de acrescentar
ou omitir versículos do Alcorão; mas nunca tiveram
êxito, já que estes erros foram descobertos de imediato.
A Sunnah do Mensageiro de Deus que é a segunda fonte
da legislação islâmica, foi preservada por homens
honrados e piedosos. Passaram suas vidas reunindo
estas tradições, revendo-as para separar o falso do
verdadeiro; até clarificaram quais haviam sido planejadas.
Quem leia os livros escritos na
ciência do Hadiss constatará que as narrações que
são autênticas, na realidade o são. Michael Hart diz:
Muhammad fundou e promulgou uma das maiores religiões
do mundo46, e se converteu em um efetivo líder político.
Hoje, treze séculos mais tarde, sua influência ainda
é poderosa e dominante. 46 Os muçulmanos crêem que
o Islam é uma revelação Divina de Deus, e que Muhammad
não a fundou.
12. A verdade e sinceridade de
seus princípios são boas e adequadas para todos os
tempos e lugares. Os resultados da aplicação do Islam
são claros e bem conhecidos, e mostra que com efeito
é uma revelação de Deus. Além disso, por que não é
possível para Muhammad ser um Profeta se é crença
que muitos Profetas e Mensageiros foram enviados antes
dele? Se a resposta desta pergunta é que nada o impede
então nos perguntamos: Por que rejeitam este Profeta,
e confirmam os anteriores a ele?
13. Os homens não podem forjar
leis similares às do Islam que tratam cada aspecto
da vida, como transações, casamentos, conduta social,
política e atos de adoração. Então, como é que um
homem iletrado pôde criar algo como isto? Não é isto
uma clara prova de que é Profeta ?
14. O profeta não começou a chamar
a gente ao Islã até que cumpriu quarenta anos. Sua
juventude havia passado e a idade em que deveria descansar
e passar seu tempo livre, foi a idade em que se encarregou,
como Profeta, de difundir o Islã. Thomas Carlyle,
disse: É o contrário da teoria do impostor, o fato
em que viveu toda sua vida de forma irrepreensível,
completamente, em silêncio e de maneira comum, até
que terminou sua vida. Até os quarenta anos, nunca
falou de alguma missão do céu. Todas suas irregularidades,
reais e supostas, datam de antes de seus cinqüenta
anos, quando sua esposa Jadiyah morreu. Toda sua ambição,
aparentemente, havia sido, até esse momento, viver
uma vida honesta; sua fama, a simples opinião dos
vizinhos que o conheceram, havia sido suficiente até
o momento. Só quando estava se tornando velho, o lascivo
ponto de sua vida explodiu, - a paz - o principal
que lhe deu este mundo, que começou com esta carreira
de ambição, e, ocultando todo seu caráter e existência,
estabeleceu-se como um infeliz e vazio charlatão para
adquirir o que desde esse momento não poderia desfrutar!
Não tenho fé nisso.47 47 ’Heroes, Hero-Worship and
the Heroic in History’
Fonte: Abdurrahman al-Sheha - Tradução: Lic. Muhammad
Isa García Revisão: Ana María Gonzalez Litardo (Versão
Brazil) Khadija Machado (Versão Portugal) Escritório
de difusão do Islã de Rabwah www.islamhouse.com Primeira
Edição, 1428/2007. Copyright © 2007 Abdurrahman al-Sheha.
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